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Maranhão lidera trágico ranking de quilombolas assassinados

"Relatório Revela Aumento Alarmante nos Índices de Violência, Expondo a Realidade Crua das Comunidades Quilombolas no Brasil"


José Alberto foi assassinado a tiros no interior do Maranhão (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

 


O Maranhão assume uma posição sombria no cenário nacional, liderando o ranking de assassinatos de quilombolas em 2022, de acordo com o relatório "Racismo e Violência contra Quilombos no Brasil", divulgado nesta sexta-feira (17) pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq). A análise revela uma média anual de nove mortes no estado, representando um alarmante aumento em comparação com o período de 2008 a 2017.


O documento destaca que, ao todo, nove quilombolas foram brutalmente assassinados no Maranhão em 2022, com o caso mais recente registrado em 27 de outubro na zona rural de Itapecuru-Mirim. José Alberto Moreno Mendes, líder da comunidade Jaibara dos Rodrigues, foi vítima de tiros, tornando-se o décimo quilombola assassinado no estado entre os anos de 2020 e 2023.


Os dados nacionais apresentados no relatório indicam um cenário igualmente preocupante, com 32 quilombolas assassinados entre 2018 e 2022 em todo o país. Conflitos fundiários e violência de gênero emergem como principais causas, com pelo menos 13 mortes relacionadas à luta pelo território e nove caracterizadas como feminicídios. A pesquisa ainda aponta que em, pelo menos, 15 desses crimes, as vítimas eram líderes comunitários, evidenciando a vulnerabilidade daqueles que assumem papel de destaque na defesa de suas comunidades.


Um dado alarmante que salta à vista é que quase 70% dos assassinatos ocorreram em quilombos sem titulação parcial ou total, reforçando a urgência de medidas que garantam a segurança e reconhecimento legal dessas áreas.


O relatório foi lançado no contexto dos três meses do homicídio de Maria Bernadete Pacífico, do Quilombo de Pitanga dos Palmares. Dados preliminares de 2023, preocupantemente, indicam que sete quilombolas já foram vítimas de homicídios neste ano. O documento, além de expor a cruel realidade enfrentada por essas comunidades, clama por ações imediatas e efetivas para deter a violência que ameaça a vida daqueles que lutam pela preservação de suas tradições e territórios.

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