O Dia da Consciência Negra agora é feriado nacional

Imagem Reprodução/Internet

 

No Brasil, o mês de novembro agora carrega uma marca ainda mais significativa. O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro em homenagem a Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, foi elevado à categoria de feriado nacional pela Lei 14.759/2023. A iniciativa, proveniente do PL 3268/2021, do senador Randolfe Rodrigues (Rede - AP), representa um marco na luta pela valorização da história e cultura afro-brasileira.

Anteriormente, o 20 de novembro era reconhecido como o Dia Nacional de Zumbi dos Palmares desde 2011, mas era feriado efetivamente em alguns estados e municípios, como Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo, graças a leis estaduais e decisões municipais. Com a recente sanção do presidente Lula, a data ganhou status de feriado nacional, abrindo espaço para uma reflexão mais abrangente sobre a trajetória de resistência do povo negro no Brasil.

O relator da lei, senador Paulo Paim (PT-RS), destaca a relevância do 20 de novembro como um dia não apenas de celebração, mas de profunda reflexão. Ele ressalta a importância de debater e enfrentar as diversas formas de preconceito, discriminação e racismo que ainda persistem na sociedade brasileira. Para Paim, o feriado vai além de um simples dia de folga, representando um momento de construção de paz, amor e fraternidade, fundamentais para a construção de uma nação verdadeiramente inclusiva.

A data, que marca a morte de Zumbi dos Palmares em 1695, líder que resistiu bravamente contra a escravidão no Quilombo dos Palmares por quase um século, é um convite à revisitação da história brasileira e ao reconhecimento das lideranças negras que moldaram o país. Localizado na Serra da Barriga, em Alagoas, o Quilombo dos Palmares contava não apenas com líderes como Zumbi, mas também com figuras femininas notáveis, como Dandara, companheira de Zumbi.

A consagração do 20 de novembro como feriado nacional representa um passo importante na promoção da igualdade racial e no enfrentamento das desigualdades que persistem. É um convite para que a sociedade brasileira se una na reflexão e no compromisso de construir um país mais justo, reconhecendo e valorizando a diversidade que compõe a riqueza cultural da nação.

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