Neste 20 de novembro de 2024, o Brasil celebra, pela primeira vez, o Dia Nacional da Consciência Negra como feriado nacional. A data, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023, ganha destaque ao propor reflexões sobre a luta histórica, cultural e social da população negra no país, que carrega as marcas de mais de 300 anos de escravidão.
A escolha do dia 20 de novembro é uma homenagem a Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, assassinado em 1695. Figura central na luta pela liberdade e resistência negra, Zumbi simboliza os ideais de igualdade e dignidade que ainda são demandas da sociedade atual.
Desde sua idealização em 1971, pelo Grupo Palmares, no Rio Grande do Sul, a data tem evoluído. Tornou-se um marco no calendário escolar em 2003, com a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira nas escolas, e ganhou caráter nacional em 2011, pela ex-presidente Dilma Rousseff. Agora, em 2024, a transformação em feriado nacional amplia o alcance dessa reflexão.
Para além da comemoração, o feriado convida a sociedade brasileira a confrontar os desafios persistentes do racismo estrutural e das desigualdades raciais. É uma oportunidade para celebrar conquistas, mas também para reconhecer a necessidade de mais equidade em áreas como educação, trabalho e representatividade.
Como professor, acredito que a relevância do Dia da Consciência Negra vai além do feriado. Este é um momento didático e simbólico que deve permear o cotidiano, inspirando ações práticas em prol de uma sociedade mais justa e inclusiva. Afinal, a consciência negra não deve ser restrita a um único dia no calendário: ela deve ser um compromisso diário com a valorização da história, cultura e protagonismo da população negra.
Que este 20 de novembro seja um ponto de partida para uma consciência permanente.
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