Após a expressiva vitória no plebiscito que aprovou o Passe Livre Estudantil em São Luís, com 89,91% de votos a favor, movimentos estudantis intensificam a mobilização para que a proposta seja efetivada. Lideranças estudantis, como Patrícia Pinto (Coletivo Juntos), Kimberlly Serejo (Coletivo Rebeldia) e Afonso Sodré (Movimento Correnteza), participaram de uma entrevista ao Jornal Tambor, reforçando a urgência da regulamentação e implementação do passe livre.
Afonso Sodré, estudante de Filosofia na UEMA, destacou que o benefício atenderá especialmente os estudantes de baixa renda que enfrentam dificuldades diárias para arcar com os custos de transporte. “O principal interessado é a população. Estamos falando de direcionar esse dinheiro que seria gasto com passagens para outras necessidades, como lazer, saúde e educação”, enfatizou.
Patrícia Pinto, estudante de Filosofia da UFMA e integrante do Coletivo Juntos, lembrou que 30% da população de São Luís se locomove a pé ou de bicicleta, evidenciando a necessidade do transporte gratuito. Para ela, a implementação do passe livre não é apenas uma questão de necessidade, mas de direito. "Aprovamos o Passe Livre Estudantil, agora é urgente regulamentá-lo, pois a cidade continua inacessível para muitos."
Kimberlly Serejo, estudante de Serviço Social da UFMA, destacou que a proposta do Passe Livre vai além do transporte, sendo um passo importante na redução das desigualdades e no incentivo à permanência estudantil. "Essa vai ser uma luta grande, mas necessária para garantir acesso igualitário à cidade e às oportunidades."
Com a participação ativa dos movimentos estudantis, o debate sobre a regulamentação do Passe Livre Estudantil ganha força na Câmara de Vereadores de São Luís, onde audiências públicas serão realizadas para tratar do tema. Os estudantes ressaltam que a efetivação do direito votado nas urnas é urgente para transformar a realidade da mobilidade na capital maranhense.
Fonte: Agência Tambor
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